Festival da Primavera de Porciúncula floresce com arte, cultura, sustentabilidade e inclusão
- Luana Coutinho A Copilota
- 30 de set.
- 2 min de leitura
No extremo Noroeste do Estado, Porciúncula é conhecida como o paraíso do voo livre e dos esportes de aventura. Mas poucos sabem que a cidade guarda também uma potência cultural capaz de transformar o território. Foi desse desejo de revelar o lugar ao mundo que nasceu o Festival da Primavera, que em sua 3ª edição, realizada entre 14 e 21 de setembro, consolidou-se como um marco de arte, cultura, sustentabilidade e inclusão.
Com apoio do edital Fomenta Festival da SECEC RJ e da Prefeitura Municipal, o festival apresentou uma programação ampla, gratuita e diversa: oficinas de mosaico, string art, dança circular e caxambu dividiram espaço com ações de sustentabilidade, como a produção de sabão a partir de óleo usado e o Bate Lata, que transforma lixo em instrumentos musicais. No campo esportivo, o evento promoveu corrida e escalada para iniciantes, trilha ecológica ao Pirinéu e um emocionante ciclo
passeio conduzido pela atleta PCD Hamanda Barros, que compartilhou sua história de superação.
O festival também foi palco de grandes encontros artísticos: a exposição “Cidade de Plastiko”, de Rona Neves, e a mostra de flâmulas de Natália Rito encantaram o público com criatividade e reflexão sobre sustentabilidade. Na música, artistas locais foram valorizados e celebrados, enquanto o show nacional do Biquíni Cavadão — viabilizado pela FUNARJ, com articulação do vereador Maguinho — reuniu milhares de pessoas em uma noite inesquecível.
O ponto alto da integração comunitária foi o Grande Cortejo da Primavera, quando as ruas se encheram de cores, fantasias recicladas e apresentações do Bate Lata e do tradicional Boi Pintadinho, celebrando pertencimento e cultura popular. A comunidade também se uniu na confecção coletiva do Manto da Primavera, com mais de 30 crocheteiras locais, que tiveram ainda a oportunidade de expor e vender suas obras na feira de artesanato e brechó do festival.
A acessibilidade foi outro pilar fundamental: tradução em Libras, audiodescrição e quarto de descompressão garantiram a participação de todos. E a exposição “Jardim Interior”, produzida por 17 usuários do CAPS local, emocionou o público ao mostrar a arte como caminho de inclusão e cuidado em saúde mental.
No encerramento, a Roda de Conversa “Como nos mantemos de pé?” trouxe gestores e expoentes para um debate de alto nível sobre Cultura e Sustentabilidade, marcado por olhares afetuosos e reflexivos sobre o futuro da região.
Mais do que um evento, o Festival da Primavera foi um sucesso absoluto: encantou e inspirou jovens a se orgulharem de sua cidade, a valorizarem a cultura e a enxergarem na sustentabilidade um caminho de futuro. O legado está lançado: Porciúncula floresce quando sua gente se reconhece em sua arte, celebra sua cultura e se une para transformar o território em referência de ecoturismo, criatividade e inovação social.




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